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Parar de trabalhar para ficar com o Bebê ?
Raquel
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08102018
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Parar de trabalhar para ficar com o Bebê

 
Você pode estar se perguntando: 
será que é viável engavetar temporariamente a carreira e ficar em casa em dedicação integral ao papel de mãe?
 
Com certeza é possível, a julgar pelo número de mães e pais que fazem essa escolha.
E, para alguns casais, isso não é nem mesmo uma opção, é uma questão apenas de qual dos dois conseguiu encontrar um bom emprego em tempos de crise econômica.
Seja porque esse é um projeto de vida ou simplesmente porque é mais interessante economicamente, muitas mães (e alguns pais) decidem não voltar a trabalhar depois que o bebê nasce.
 
Muitas mães e pais que decidiram ficar em casa começam a pensar em voltar a trabalhar quando seus filhos já estão na idade de ir para a educação infantil ou para o ensino fundamental.
No entanto, nem todos retornam para o mesmo tipo de trabalho.
É comum que acabem escolhendo um trabalho mais flexível ou em meio período.
O que devo considerar ao tomar a decisão de parar de trabalhar?

É importante levar em conta uma série de fatores: 


Sua situação econômica, sua personalidade, seu apego à carreira e os sentimentos de todos os envolvidos.
Para algumas famílias, faz sentido um dos pais dedicar-se exclusivamente a cuidar da criança. 
Às vezes a mãe (ou o pai) descobre que é muito estressante equilibrar o trabalho e as necessidades da família, está insatisfeito no trabalho, ou chega à conclusão de que o preço da creche não compensa o emprego.
Em outros casos, a mãe ou o pai decidem ficar em casa por achar que estão perdendo marcos importantes do desenvolvimento de seus filhos.
 
Toda pessoa que opta por ficar em casa tem seus motivos, mas sem dúvida um dos principais é a certeza de que a criança será mais bem cuidada.
É difícil quantificar os prós e os contras dos diferentes tipos de cuidados (parentes, escola, creche, babá), mas há alguma evidência de que longas horas na creche podem não ser o ideal para crianças em determinadas circunstâncias.
 
Uma das principais queixas dos pais é que crianças que frequentam creche ou escola desde pequenininhas ficam doentes com frequência por estarem em contato direto com outras crianças.
Mas isso não é uma regra.
Varia muito de criança para criança, e é mais verdade para crianças mais novas, principalmente abaixo de 1 ano de idade.
Além disso, crianças pequenas ficam mesmo doentes: faz parte da formação do sistema imunológico.

Vamos sobreviver com só um salário?


Se a sua resposta imediata for "claro que não!
", você pode se surpreender ao fazer as contas. 
Se você é parte de um casal com duas rendas, em muitos casos é possível parar de trabalhar sem afetar significativamente a saúde financeira da família , e, ao mesmo tempo, aumentar seu envolvimento nos cuidados diários com seu filho.
 

A pergunta fundamental é: 


Quanto você paga para trabalhar?
O dinheiro que você ganha vale a pena pelo tempo despendido e por tudo o que você gasta?
Você precisa pagar creche, transporte, estacionamento, combustível, roupas, faxina para sua casa, impostos, café, almoços fora e assim por diante.
Sem mencionar as noites em que acaba comprando comida pronta por não ter tempo de cozinhar.
 
No final, depois de fazer um orçamento e calcular seus gastos relacionados com o trabalho, você pode descobrir que o seu salário contribui minimamente para a renda familiar.
Claro que ficar em casa não elimina completamente todos esses custos, mas eles ficam menores.
Você ainda precisa de roupas (embora em menor quantidade e talvez bem menos chiques do que quando precisa trabalhar), precisa almoçar (certamente não com os mesmos custos diários de restaurante), e pode pensar em manter seu filho na escola ou em alguma atividade em horário reduzido (porque também é ótimo você ter algum tempo livre).
Com um só trabalhando, dá para guardar dinheiro para o futuro?
Viver com a renda de uma pessoa só significa, geralmente, cortar despesas.
Leia nosso especial sobre maneiras de economizar .
 
Para começar, mantenha o controle de tudo o que você gasta em uma semana.
Em seguida, procure maneiras de enxugar os excessos.
Troque ideias com o seu parceiro sobre como vocês podem economizar.
Algumas ideias para famílias pouparem dinheiro são:
Encontre gastos escondidos, como planos de telefone celular caros ou cartões de crédito com taxas de juros elevadas.
Atualizar o plano todo ano e pedir descontos em taxas bancárias e anuidades de cartão rendem economia.
Centralizar as contas também.
Organize um grupo de amigos com filhos na mesma faixa etária e faça um rodízio entre vocês para cuidar das crianças.


Troque a academia por atividades físicas gratuitas ou mais baratas: 


Caminhar ou correr no parque ou na rua, nadar no clube ou na piscina do prédio, fazer aulas em casa com o uso de vídeos, buscar atividades em entidades subsidiadas ou públicas, “rachar” aulas particulares com amigos.
Compre roupas infantis em brechós ou grupos de desapego, e aceite roupinhas usadas e em bom estado de filhos de amigos ou parentes.
Seja qual for a opção, você com certeza vai achar roupinhas bem legais, porque a maioria das crianças cresce antes de gastar as roupas.
Planeje férias e passeios de baixo custo, como viagens de carro e acampamentos, e opte por pousadas em vez de hotéis.
Faça piqueniques ou vá a restaurantes por quilo na hora de comer fora de casa.
Reduza as ambições na hora da festinha de aniversário.
Use estratégias para economizar nas compras do supermercado.
 

Quais são os pontos negativos de ficar em casa?


Além das questões financeiras, há consequências emocionais a considerar.
Pode ser meio solitário ficar em casa com um bebê o dia todo sem muita interação com outros adultos.
Sua autoestima pode sofrer se você não sentir o apoio de seu parceiro e de sua família, especialmente se você estiver acostumada a obter reconhecimento profissional por parte dos colegas de trabalho.
 
E sentir que você não tem apoio da família ou dos amigos pode contribuir para agravar uma eventual depressão pós-parto.
Também não é incomum se sentir entediada e frustrada porque muitos aspectos do cuidar de uma criança e do trabalho doméstico são repetitivos e chatos.
Como posso evitar esses pontos negativos?
Muitos dos pontos negativos de parar de trabalhar vêm da falta de contato com outros adultos para interagir no dia a dia.
 
Para tentar evitar que isso aconteça, mantenha uma rede de contatos como faria no escritório, mas foque no contato com outros pais ou mães que ficam em casa e nos amigos que trabalham em meio período.
Confira nossas ideias para fazer novas amigas que sejam mães também.
Considere também tentar encontrar pessoas que compartilhem de seus outros interesses, algum tipo de hobby ou passatempo.
Mesmo que no início sua amizade e seus contatos sejam apenas à distância.
Ter uma atividade ou hobby só seu vai ajudar a atenuar a falta da realização profissional. 
Muita gente descobre novos talentos depois que a vida muda com a chegada de um bebê, quem sabe isso não vai acontecer com você?
Não vou me sentir inferior a meu parceiro se não colaborar financeiramente?
Acordar todos os dias para enfrentar a rotina de cuidar de uma criança enquanto seu parceiro sai de casa para trabalhar pode fazer você se sentir em uma relação desequilibrada.
 
O importante é que os dois estejam seguros da opção de você ficar em casa.
Assim a divisão vai ser encarada como uma divisão verdadeira de trabalho, e você se sentirá melhor de saber que está fazendo a sua parte, mesmo que ela não envolva ganhar dinheiro.
 
Lembre-se de que você está promovendo uma enorme economia, e isso é equivalente a trazer um salário para casa.
 
Vocês vão precisar caprichar na comunicação para conversar abertamente sobre as novas situações que vão surgir, algumas desconfortáveis, como ter de pedir dinheiro para gastos pessoais ou perder sua privacidade financeira.
 
Se você sempre dividiu as tarefas domésticas igualmente, essa nova divisão do trabalho pode gerar algum ressentimento também.
Afinal, a vida dele não mudou nada e a sua se modificou completamente com a chegada do bebê.
Prepare-se para esses sentimentos contraditórios e lembre-se de que toda decisão é de alguma forma reversível.
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