07112021
Qual a diferença entre teste do pezinho básico e ampliado?
Uma picadinha no calcanhar do recém-nascido e a possibilidade de diagnosticar uma série de doenças de origem genética, antes mesmo de aparecerem os primeiros sintomas. Essa é a função do teste do pezinho - também chamado de triagem neonatal, que deve ser feito entre o 3º e 5º dias de vida.
A rede pública disponibiliza gratuitamente a versão básica, que detecta até seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.
Por sua vez, há opções expandidas, encontradas nas redes particulares, que podem fazer o diagnóstico de 10 até 53 condições que passariam um longo período despercebidas, deixando de receber o tratamento adequado. O fato de se poder fazer esse exame na rede privada melhora muito a possibilidade de detecção de doenças metabólicas graves que são tratáveis e que ainda não são cobertas no teste do pezinho no sistema público.
Projeto para ampliar teste do pezinho no SUS
A Câmara dos Deputados aprovou no final de março um projeto que amplia, na rede pública, as doenças que devem ser pesquisadas no teste do pezinho. O texto segue para o Senado e, se aprovado e sancionado, deve entrar em vigor um ano depois.
Atualmente, o teste do pezinho é obrigatório e gratuito em todo o território nacional e tem como objetivo a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças.
Atualmente, o teste busca identificar:
- Fenilcetonúria;
- Hipotireoidismo Congênito;
- Doença Falciforme e Hemoglobinopatias;
- Fibrose Cística;
- Hiperplasia Adrenal Congênita;
- Deficiência de Biotinidase.
Pelo projeto, que prevê a inclusão escalonada de doenças a serem pesquisadas, o teste do pezinho também identificará:
- Primeira etapa: toxoplasmose congênita e outras hiperfenilalaninemias, além das já previstas atualmente;
- Segunda etapa: galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia, distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos;
- Terceira etapa: doenças lisossômicas;
- Quarta etapa: imunodeficiências primárias;
- Quinta etapa: atrofia muscular espinhal.
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