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Gravidez de risco

Raquel | Publicado sáb Dez 23, 2017 5:32 pm | 1750 Vistos

Conheça todas as causas que podem levar a uma gravidez de risco

Ter diabetes ou hipertensão, ser fumante ou ter uma gravidez de gémeos são algumas situações que levam a uma gravidez de risco, porque as chances de ter complicações são maiores e, por isso, em muitos casos, a mulher tem de ser ir no ginecologista de 15 em 15 dias.

Uma gravidez de risco pode causar complicações tanto para a grávida como para o bebê e incluem situações como aborto, parto prematuro, atraso de crescimento e Síndrome de Down, por exemplo.

Geralmente, a gravidez de risco se desenvolve em mulheres que antes de engravidarem já possuem fatores ou situações de risco, como ser diabética ou ter excesso de peso. No entanto, a gravidez pode se estar desenvolvendo naturalmente e os problemas surgirem a qualquer momento da gestação. A seguir estão os principais fatores que levam a uma gravidez de risco:

1. Pressão alta e pré-eclampsia

​A pressão alta na gravidez é um problema comum e ocorre quando esta é superior a 140/90 mmHg após duas medições realizadas com mínimo de 6 horas entre elas.

 

A pressão alta na gravidez pode ser causada por alimentação rica em sal, sedentarismo ou mal formação da placenta, aumentando as chances de ter pré-eclampsia, que é o aumento da pressão arterial e perda de proteínas, podendo levar a aborto, convulsões, coma e até mesmo a morte da mãe e do bebê, quando a situação não é devidamente controlada.

2. Diabetes

A mulher que é diabética ou que desenvolve a doença durante a gestação tem uma gravidez de risco porque o açúcar elevado no sangue pode atravessar a placenta e chegar ao bebê, o que pode fazer com que ele cresça muito e pese mais de 4 Kg.

 

Assim, um bebê grande dificulta o parto, sendo necessário fazer cesárea, além de haver maior chances de nascer com problemas como ictericia, pouco açúcar no sangue e problemas respiratórios.

3. Gravidez de gémeos

A gravidez de gémeos é considerada de risco porque o útero tem de se desenvolver mais e todos os sintomas de gravidez estão mais presentes.

 

Além disso, existem maiores chances de ter todas as complicações de uma gravidez, principalmente pressão alta, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e dores nas costas, por exemplo.

4. Consumo de álcool, cigarro e drogas

O consumo de álcool e drogas, como heroína, durante a gravidez atravessam a placenta e afetam o bebê provocando atraso no crescimento, retardo mental e mal formações no coração e na face e, por isso, é preciso fazer vários exames para verificar como o bebê está se desenvolvendo.

 

A fumaça do cigarro também aumenta as chances de ter aborto, podendo causar efeitos no bebê e na grávida, como fadiga muscular, falta de açúcar no sangue, perda de memória, dificuldade respiratória e síndrome de abstinência.

5. Uso de remédios perigosos durante a gravidez

Em alguns casos a grávida tem de tomar remédios para controlar doenças crônicas para não pôr sua vida em risco ou tomou algum remédio que não sabia que prejudicava a gestação e, o seu uso leva a que a gravidez seja de risco devido aos efeitos colaterais que pode ter para o bebê.

 

Alguns medicamentos incluem fenitoina, triamtereno, trimetoprim, lítio, estreptomicina, as tetraciclinas e a varfarina, morfina, anfetaminas, barbitúricos, codeína e fenotiazinas.

6. Sistema imune fraco

Quando a grávida tem infecções vaginais, herpes, parotidite, rubéola, catapora, sífilis, listeriose, ou toxoplasmose por exemplo, a gravidez é considerada de risco porque a mulher precisa tomar vários remédios e fazer tratamentos com antibióticos que podem causar efeitos colaterais no bebê.

 

Além disso, grávidas com doenças como Aids, câncer ou hepatite têm o sistema imune enfraquecido e, por isso, aumentam as chances de ter complicações durante a gravidez.

Ter problemas como epilepsia, doenças cardíacas, mau funcionamento dos rins ou doenças ginecológicas também exigem maior acompanhamento do grávida porque pode levar a uma gravidez de risco.

7. Gravidez na adolescência ou depois dos 35 anos

A gestação em idade inferior a 17 anos pode ser perigosa porque o corpo da jovem não está totalmente preparado para suportar a gravidez.

 

Além disso, depois dos 35 anos, a mulher pode ter mais dificuldade a engravidar e as chances de ter um bebê com alterações cromossômicas são maiores, como Síndrome de Down.

8. Grávida com baixo peso ou obesidade

Gestantes muito magras, com IMC abaixo de 18.5, podem ter um parto prematuro, aborto e atraso de crescimento do bebê porque a grávida oferece poucos nutrientes ao bebê, limitando seu crescimento, o que o pode levar a ficar doente facilmente e a desenvolver doenças cardíacas.

 

Além disso, mulheres com peso excessivo, principalmente quando IMC maior que 35, apresentaram mais risco de ter complicações e também podem afetar o bebê que pode desenvolver obesidade e diabetes.

9. Problemas na gravidez anterior

Quando a grávida tem um parto antes da data prevista, o bebê nasce com alterações ou tem atraso no crescimento, ocorreram vários abortos repetidos ou até morte logo após o nascimento a gravidez é considerada de risco porque pode existir uma predisposição genética que pode prejudicar o bebê.

 

Como evitar complicações durante uma gravidez de risco

Quando uma gravidez é de risco tem de se seguir todas as indicações do obstetra, sendo fundamental fazer uma alimentação saudável, evitando frituras, doces e adoçantes artificiais, além de não consumir bebidas alcoólicas nem fumar.

Além disso, também é importante cumprir o repouso que o médico indicar, controlar o aumento de peso e tomar os remédios apenas que o médico prescrever.

Além disso, o médico pode recomendar exames de sangue e de urina, ultrassonografias, amniocentese e biopsia para avaliar seu estado de saúde e também a do bebê.

Quando ir no médico durante uma gravidez de risco

Uma mulher com uma gravidez de alto risco tem de ser vigiada pelo obstetra regularmente para avaliar o estado de saúde do bebê e da grávida, indo no médico sempre que ele indicar.

No entanto, normalmente, recomenda-se ir 2 vezes por mês e, pode ser necessário internamento durante a gravidez para equilibrar o estado de saúde e evitar complicações para o bebê e para a mãe.

Além disso, alguns dos sinais que podem indicar perigo incluem sangramento pela vagina, contrações uterinas antes do tempo ou não sentir o bebê se mexendo mais de um dia.

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